São Miguel Arcanjo
Igreja Católica da Arquidiocese de Boston. Hudson, Massachusetts
Deus nos ajuda de muitas maneiras diferentes a viver uma vida moral. Ele nos dá graça, que desperta em nós o desejo de dizer não à tentação e ao pecado e escolher apenas o que é bom. Deus nos dá ajuda e graça por meio da Igreja e por meio da nossa recepção dos Sacramentos. Ele nos dá graça para praticar virtudes humanas para que possamos nos fortalecer nelas. Ele também nos ensina como devemos viver. Uma maneira de fazer isso é nos dando leis para guiar nossas ações.
A Lei de Moisés, também chamada de Lei Antiga, foi o primeiro estágio da Revelação de Deus para nós sobre como viver como pessoas feitas à imagem de Deus. A Lei Antiga é resumida nos Dez Mandamentos que Deus revelou a Moisés no Monte Sinai (veja Êxodo 20: 1-17). As dez leis também são chamadas de Decálogo. Os Dez Mandamentos são uma expressão especial da lei natural, deixando perfeitamente claro através da Revelação de Deus o que ele já havia colocado no coração humano.
Atender à orientação que Deus nos dá nos Mandamentos nos ajudará a saber como servir a Deus e como devemos viver uns com os outros. Também nos ajuda a abrir-nos à graça do Espírito Santo e ao que Deus pode realizar em nós e através de nós por essa graça. - United States Catholic Cathecism for Adults
O Primeiro Mandamento nos chama a ter fé no Deus verdadeiro, a esperar nele e a amá-lo completamente com mente, coração e vontade. Respondemos a Deus, que nos criou e redimiu e estende seu cuidado providencial a nós a cada minuto de cada dia. O Primeiro Mandamento promove a virtude da religião que nos move a adorar somente a Deus porque somente ele é santo e digno de nosso louvor.
O Segundo Mandamento nos chama à virtude da reverência a Deus, que nos treina a conhecer e a preservar a diferença entre o Criador e a criatura. O respeito pelo nome de Deus nos impede de reduzi-lo a um mero fato, ou mesmo a uma coisa que podemos controlar ou manipular.
Ao mesmo tempo, um Deus gracioso deseja ser íntimo de nós, até mesmo se tornando encarnado em Jesus Cristo e habitando em nós através do Espírito Santo. No Evangelho de João, Jesus aplica a si mesmo a expressão "Eu Sou" (João 8:58), identificando-se assim com Deus. Ele se distingue de seu Pai e do Espírito Santo, que ele enviará ao mundo após sua Ressurreição. Esta foi uma maneira pela qual Jesus nos abriu para entender Deus como Trindade.
Êxodo 20:8-11 afirma que o sábado era o sétimo dia em que o Senhor descansava após o trabalho dos seis dias anteriores.
Deuteronômio 5:12 acrescenta que o Sabbath é um dia de renovação da nossa aliança com Deus. O Sabbath está conectado à criação e à aliança.
O Terceiro Mandamento nos chama para santificar o dia de sábado. Para os cristãos, a observância do sábado é transferida para o domingo, o dia em que Jesus ressuscitou dos mortos. Deus, por meio da Igreja, nos obriga a santificar o domingo pela participação na Eucaristia e por sermos o mais reflexivos possível em oração. A observância do domingo cumpre a lei interior inscrita no coração humano de render a Deus adoração visível e pública como um sinal de dependência radical de Deus e como gratidão por todas as bênçãos que recebemos.
O Quarto Mandamento lida com todos os aspectos da vida familiar; deveres e responsabilidades parentais e filiais, ou seja, aqueles de amor de filho ou pai. Isso inclui os deveres dos filhos para com seus pais, os deveres de irmãos e irmãs uns para com os outros e as responsabilidades de filhos adultos para com seus pais mais velhos.
A família católica forma um ambiente dentro do qual a fé é professada e testemunhada. Quando os membros da família rezam juntos, se envolvem em aprendizado ao longo da vida, perdoam uns aos outros, servem uns aos outros, acolhem os outros, afirmam e celebram a vida e trazem justiça e misericórdia à comunidade, eles ajudam uns aos outros a viver a fé e a crescer na fé.
O Quinto Mandamento nos chama para promover o bem-estar físico, espiritual, emocional e social de nós mesmos e dos outros. Por essa razão, ele proíbe assassinato, aborto, eutanásia e quaisquer atos que ameacem a vida. Somos chamados a criar a cultura da vida e trabalhar contra a cultura da morte.
O Sexto Mandamento convoca os cônjuges a praticar fidelidade permanente e exclusiva um ao outro. Fidelidade emocional e sexual são essenciais para o compromisso feito na aliança do casamento. Deus estabeleceu o casamento como um reflexo de sua fidelidade a nós. Os votos feitos pelos cônjuges em seu casamento para serem fiéis um ao outro para sempre devem testemunhar a própria aliança que Deus fez conosco.
O Sétimo Mandamento proíbe furto ou roubo, que envolve tomar o dinheiro ou propriedade de alguém contra a vontade do proprietário. Furto inclui não apenas roubo, mas também ações como apropriação indébita, furto de computador, dinheiro falsificado, fraude, roubo de identidade, violações de direitos autorais. Não devemos roubar uns dos outros, pagar salários injustos, trapacear nos negócios ou explorar as fraquezas das pessoas para ganhar dinheiro. As promessas devem ser mantidas e os contratos honrados na medida em que as questões sejam moralmente justas.
Para manter este Mandamento, precisamos adquirir as virtudes da moderação em nossas posses, justiça em nosso tratamento aos outros, respeito por sua dignidade humana e solidariedade com todos os povos. A moderação refreia nosso apego aos bens mundanos e restringe nosso apetite pelo consumismo. A justiça nos ajuda a respeitar os direitos do próximo e a nos interessar por seu bem-estar humano. A solidariedade abre nossos corações para nos identificarmos com toda a família humana, lembrando-nos de nossa humanidade comum.
A Bíblia ensina que Deus é a fonte da verdade. Jesus não apenas ensinou a verdade; ele também disse: "Eu sou a verdade" (João 14: 6). A palavra hebraica para verdade, emeth, refere-se tanto à verdade em palavras quanto à veracidade em ações. Jesus personalizou a verdade e não falou nada além da verdade.
As pessoas pecam contra a verdade quando são culpadas de arruinar a reputação de outra pessoa ao contar mentiras, quando praticam julgamentos precipitados ou quando se envolvem em difamação (contar injustamente as falhas de alguém), perjúrio (mentir sob juramento) ou calúnia (contar mentiras sobre outra pessoa).
As escrituras são claras sobre o mal da mentira. No Sermão da Montanha, Jesus disse: "Que o vosso 'Sim' signifique 'Sim' e o vosso 'Não' signifique 'Não'. Qualquer coisa além disso é do maligno." (Mateus 5:37). Isso nos lembra não apenas que precisamos ser verdadeiros, mas também que a hipocrisia, dizer uma coisa enquanto faz o oposto, é um pecado contra a verdade.
Nós experimentamos tensões entre desejos espirituais e físicos. Essa luta pertence à herança do pecado. Isso não significa que devemos desprezar o corpo e as emoções que, com a alma, constituem nossa natureza. Isso nos faz perceber que enfrentaremos uma luta espiritual diária para adquirir virtudes que nos ajudem a obedecer à ação salvadora do Espírito Santo e superar vícios que nos fazem resistir a ele.
A graça do Batismo nos purifica dos pecados, mas uma certa tendência ao pecado permanece. Devemos lutar contra desejos desordenados praticando a pureza da mente, do coração e do corpo com vigilância diária. Para fazer isso, precisamos examinar nossos motivos, bem como nossas ações, para que sempre busquemos a vontade de Deus. Isso nos fará disciplinar nossos sentimentos e imaginação.
Quando Jesus começou o Sermão da Montanha (Mateus 5: 1-12), ele proclamou as oito Bem-aventuranças como os caminhos para a felicidade autêntica. A primeira delas declarou que a pobreza de espírito nos permitiria herdar o Reino de Deus. Em outras palavras, o primeiro passo no caminho para a alegria começa com um desapego saudável dos bens materiais. Mais tarde no sermão, Jesus ensinou que acumular riqueza por si só é tolice. Deveríamos estar mais interessados em riquezas espirituais.
Os escândalos financeiros que ocorrem periodicamente em nossa cultura nos lembram que a ganância é uma ameaça constante ao comportamento moral. Isso leva muitos a concluir que o dinheiro é a raiz de todos os males. Mas, na verdade, "o amor ao dinheiro é a raiz de todos os males" (1 Timóteo 6: 10). No estudo do Sétimo Mandamento, lidamos com os atos visíveis de roubo e injustiça. O Décimo Mandamento olha para as atitudes interiores de ganância e inveja que nos levam a roubar e agir injustamente.
No lado positivo, o Décimo Mandamento nos chama a praticar a pobreza de espírito e a generosidade de coração. Essas virtudes nos libertam de sermos escravos do dinheiro e das posses. Elas nos permitem ter um amor preferencial pelos pobres e ser testemunhas de justiça e paz no mundo. Elas também nos permitem adotar uma simplicidade de vida que nos liberta do consumismo e nos ajuda a preservar a criação de Deus.
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