De acordo com os evangelhos, Jesus foi traído por Judas na noite da Última Ceia, comemorada na Quinta-feira Santa. Na manhã seguinte à prisão de Cristo, ele foi levado perante Anás, um poderoso clérigo judeu. Anás condenou Jesus por blasfêmia por se recusar a repudiar as palavras de Anás de que Ele era o Filho de Deus. De lá, Jesus foi enviado a Pôncio Pilatos, o governador romano da província.

Pôncio Pilatos questionou Jesus, mas não encontrou razão para condená-lo. Em vez disso, ele sugeriu que os líderes judeus lidassem com Jesus de acordo com sua própria lei. Mas sob a lei romana, eles não podiam executar Jesus, então apelaram a Pilatos para emitir a ordem de matar Jesus.

Pilatos apelou ao Rei Herodes, que não encontrou culpa em Jesus e o enviou de volta a Pilatos mais uma vez. Pilatos declarou Jesus inocente e lavou as mãos para mostrar que não queria nada com Jesus, mas as multidões ficaram enfurecidas. Para evitar um tumulto e proteger sua posição, Pilatos relutantemente concordou em executar Jesus e o sentenciou à crucificação. Jesus foi condenado por se proclamar o Rei dos Judeus.

Antes de sua execução, Jesus foi açoitado, o que era uma prática costumeira destinada a enfraquecer uma vítima antes da crucificação. A crucificação era um método de execução especialmente doloroso e foi aperfeiçoado pelos romanos como tal. Era reservado para os piores criminosos, e geralmente cidadãos romanos, mulheres e soldados eram isentos na maioria dos casos. Este símbolo de dor e morte se torna para nós um sinal do amor e da vitória de Jesus na ressurreição.

Durante a flagelação, os soldados atormentaram Jesus, coroando-o com espinhos e zombando dele.

Após ser açoitado, Jesus foi obrigado a carregar sua cruz até o local de Sua execução, no Calvário.

Durante sua caminhada até o local de Sua execução, Jesus caiu três vezes e os guardas romanos selecionaram aleatoriamente Simão, um cireneu, para ajudar Jesus.

Após a chegada ao Calvário, Jesus foi pregado na cruz e crucificado entre dois ladrões. Um dos ladrões se arrependeu de seus pecados e aceitou Cristo enquanto estava na cruz ao lado dele. Um titulus, ou sinal, foi colocado acima de Cristo para indicar seu suposto crime. O titulus dizia: "Jesus de Nazaré, Rei dos Judeus". É comumente abreviado como "INRI" (Iesus Nazarenus, Rex Iudaeorum) usando as primeiras letras de cada uma das palavras latinas.

Durante as últimas horas de Cristo na cruz, a escuridão caiu sobre toda a terra. Jesus recebeu uma esponja com vinho azedo misturado com fel, um analgésico fraco e amargo, geralmente dado a vítimas crucificadas.

Antes da morte, Jesus falou Suas últimas palavras: "Meu Deus, meu Deus, por que me abandonaste?" Esta linha é a abertura do Salmo 22, e pode ter sido uma prática comum recitar linhas de canções para transmitir uma mensagem maior. Entendidas corretamente, as últimas palavras de Cristo foram triunfantes. Os guardas então lancetaram o lado de Jesus para garantir que Ele estava morto.

No momento da morte de Cristo, ocorreu um terremoto, forte o suficiente para abrir tumbas. Dizem que a longa e grossa cortina do Templo se rasgou de cima a baixo.

Após os incríveis acontecimentos do dia, o corpo de Cristo foi removido da cruz e colocado em um túmulo doado, enterrado de acordo com o costume.

-Católico.org