Oração

Jesus disse-lhes em resposta: “Tende fé em Deus...Portanto, eu vos digo: tudo o que pedirdes em oração, crede que o recebereis, e assim será. Marcos 11:22,24

Deus nos convida a um relacionamento com Ele que é tanto pessoal quanto comunitário. Ele fala conosco por meio de Seu Filho, Jesus Cristo, o Verbo feito carne. A oração é nossa resposta a Deus que já está falando ou, melhor ainda, se revelando a nós. Portanto, a oração não é meramente uma troca de palavras, mas envolve toda a pessoa em um relacionamento com Deus Pai, por meio do Filho e no Espírito Santo.

Quais são as três expressões da oração cristã?

A Igreja fala de três modos, ou "expressões", de oração. Nosso exemplar de oração, o próprio Cristo, ensinou a oração vocal aos seus discípulos e também praticou a oração meditativa e a oração contemplativa. Todas as três formas são de grande valor na vida de um cristão. (Cf. CIC 2701, 2721)

A oração vocal é bem adequada para a oração comunitária ou litúrgica, como o Santo Sacrifício da Missa, a Liturgia das Horas ou uma bênção antes de uma refeição familiar. É essencial para nós por causa da nossa necessidade humana de integrar as atividades do corpo e da alma, e a oração vocal nos permite expressar através dos nossos sentidos físicos o que sentimos e acreditamos internamente, nas profundezas dos nossos corações; é assim que oramos "com todo o nosso ser". A oração litúrgica, que é baseada principalmente na Sagrada Escritura, também nos forma como uma comunidade cristã na Palavra de Deus. (Cf. CCC 2702-2704)

A oração meditativa é normalmente baseada na leitura espiritual. É uma busca por entendimento e discernimento do que Deus está nos chamando para fazer. Ao envolver nossa mente e espírito, nos aproximamos de Cristo. Duas formas populares de meditação são o Santo Rosário e a lectio divina. O Santo Rosário, que também utiliza oração vocal, é uma meditação sobre os eventos da vida de Cristo e sua Mãe. Lectio divina é uma leitura meditativa da Sagrada Escritura ou outros textos edificantes, como os escritos espirituais de homens e mulheres santos. (Cf. CCC 2705-2708)

No silêncio da oração contemplativa, experimentamos a intimidade com Deus ao compartilharmos seu mistério e nos tornarmos atentos à sua voz. Aproximamo-nos de Deus com grande humildade e buscamos a união completa com ele; às vezes é descrito como um "olhar de fé" fixado em Cristo. Ao contemplar seus mistérios, nos abrimos para ouvir a Palavra de Deus, iluminando nossos corações, ouvindo a voz do Pai e infundindo tudo o que fazemos com seu amor. (Cf. CIC 2709-2719)

- O Catecismo da Igreja Católica, parágrafos 2722-2724 aborda esta questão

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A oração expressa um relacionamento único com Deus

Quais são as cinco principais formas de oração?

Na tradição cristã, as cinco formas normativas de oração são bênção e adoração, petição, intercessão, ação de graças e louvor. Todas elas são representadas nas orações da celebração eucarística: a missa ou Divina Liturgia. (Cf. CCC 2643)

A bênção é bidirecional entre Deus e nós: nós oramos, Deus nos abençoa, e nós o abençoamos em troca de suas bênçãos. Na adoração, reconhecemos a grandeza e o poder de Deus e permanecemos humildes em sua presença como suas criaturas. (Cf. CCC 2626-2628)

Na petição clamamos a Deus com nossas necessidades, particularmente nossa necessidade de perdão dos pecados. Experimentamos a separação de Deus por meio do pecado e de apegos doentios, e ansiamos por sua presença e pela satisfação de nossas necessidades em seu reino. (Cf. CIC 2629-2633)

Orações de intercessão são petições que suplicam a Deus em favor de outros — por exemplo, a família, a Igreja, a comunidade, a nação, o mundo ou qualquer grupo específico de pessoas, até mesmo nossos inimigos e perseguidores. Somos ao mesmo tempo participantes do papel de Cristo como nosso verdadeiro Intercessor, bem como atuamos como membros da Comunhão dos Santos. (Cf. CCC 2634-2636)

Orações de ação de graças podem ser oferecidas em todas as circunstâncias: alegria e sofrimento, fartura e carência. A própria palavra eucaristia significa "ação de graças", então toda a nossa vida de oração se concentra em agradecer a Deus por seu grande dom da salvação e por sua criação, o próprio dom da vida. (Cf. CCC 2637-2638, 2648)

Louvor é a oração que reconhece Deus por si mesmo, pelo próprio fato de que ele é Deus. Nós o louvamos por seus atributos divinos, sua glória perfeita, sua perfeição de fato em todas as coisas boas — mesmo à parte de qualquer coisa que ele tenha feito por nós. (Cf. CIC 2639-2643, 2649)

- O Catecismo da Igreja Católica, parágrafo 2644, aborda esta questão