Devoções

Relação das Devoções com a Liturgia

Como o Concílio Vaticano II apontou tão claramente, a vida da Igreja se centra na liturgia, a adoração pública oficial de Deus pela Igreja como o Corpo de Cristo. A liturgia inclui, acima de tudo, a Eucaristia e os outros seis Sacramentos, mas também outras ações da Igreja, como a oração diária da Liturgia das Horas, os ritos do sepultamento cristão e os ritos para a dedicação de uma igreja ou para aqueles que fazem profissão religiosa.

O próprio Cristo está trabalhando na liturgia, de modo que a ação da Igreja, que é o Corpo de Cristo, participa do ato salvador de Cristo como sacerdote. Precisamente porque toda celebração litúrgica "é uma ação de Cristo sacerdote e de Seu Corpo que é a Igreja", nenhuma outra forma de culto pode tomar seu lugar: uma celebração litúrgica "é uma ação sagrada que supera todas as outras; nenhuma outra ação da Igreja pode igualar sua eficácia pelo mesmo título e no mesmo grau". Enquanto a liturgia é "o ápice para o qual a atividade da Igreja é direcionada" e "a fonte da qual flui todo o seu poder", não é possível preenchermos todo o nosso dia com a participação na liturgia. O Concílio destacou que a vida espiritual "não se limita somente à participação na liturgia. . . . de acordo com o ensinamento do apóstolo, [o cristão] deve orar sem cessar".

Práticas devocionais populares desempenham um papel crucial em ajudar a promover essa oração incessante. Os fiéis sempre usaram uma variedade de práticas como um meio de permear a vida cotidiana com oração a Deus. Exemplos incluem peregrinações, novenas, procissões e celebrações em honra a Maria e aos outros santos, o rosário, o Angelus, as Estações da Cruz, a veneração de relíquias e o uso de sacramentais.

Práticas devocionais populares, quando utilizadas corretamente, não substituem a vida litúrgica da Igreja; ao contrário, elas a estendem à vida diária.